"Num Mundo Melhor", película dinamarquesa assinada por Susanne Bier, foi o digno vencedor do Óscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2011. É um filme que na sua aparente simplicidade (mas não será essa justamente a força dos grandes clássicos do cinema?) contém em si o poder de mudar o mundo, desde que o queiramos ver, perceber e, sobretudo, sentir.
Bier divide o espaço narrativo em dois continentes que mais parecem dois mundos à parte: a África subsariana e a Europa desenvolvida (esta enquanto berço dos Direitos Humanos, mas que tende a ignorá-los). Um médico que presta ajuda humanitária nos países mais desolados pela fome, seca e guerra regressa a casa para um merecido período de descanso, encontrando aqui um aparentemente confortável micro-cosmos que, afinal, replica as guerras movidas a preconceito e ódio dos países onde presta ajuda.
"Num Mundo Melhor" é um filme de uma imensa bondade e o mundo precisa cada vez mais de fitas assim.
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