Intérpretes: Raquel Welch e John Richardson
Trata-se de um remake de um filme de 1940, que narra a história de Tumak, uma espécie de anti-herói da pré-história, que, após ser banido da sua tribo, conhece uma beldade (por sinal, helvética!), de nome Loana, que pertence a uma tribo civilizada, onde Tumak vai ter sérias dificuldades de integração. Se não, vejamos:
- A tribo de Tumak era caçadora-recoletora; por sua vez, o grupo de Loana já cultiva os próprios alimentos;
- Na tribo de Tumak imperava a lei do mais forte; na de Loana a liderança é confiada ao homem mais sábio;
- Quem morre, ou fica gravemente ferido, na tribo de Tumak, é abandonado para gáudio dos abutres; na tribo civilizada os rituais fúnebres são muito parecidos com os das religiões monoteístas;
- Na tribo de Tumak, homens e mulheres são morenos, feios, imundos e maus; a de Loana parece uma utopia ariana: são todos bonitos, loiros e com olhos azuis.
A este delírio psicadélico, juntem-se animais pré-históricos (sim, afinal o Homo Sapiens Sapiens teve que enfrentar perigosos dinossauros e tartarugas gigantes, tão lentas quanto perigosas), efeitos especiais ranhosos (da responsabilidade do mítico Ray Harryhausen) e diálogos (escassos, felizmente!) hilariantes, e ficamos com uma película tão má, que é uma delícia da arqueologia cinéfila.