segunda-feira, 30 de maio de 2011

Mouseland

Tommy Douglas foi um pastor escocês que chegou a ministro no Canadá. A sua carreira política ficou marcada pela narração, num discurso, da genial fábula, "Mouseland". 

Vejam o vídeo até ao fim e tentem descobrir algum país que revejam nesta fábula.


"Mouseland"

domingo, 29 de maio de 2011

"Pensar o nosso país: O que fazer da Educação Portuguesa?"

Eis uma simples mas interessante reflexão publicada no site do semanário "Expresso" (no dia 25 de Maio de 2011), por João Monteiro Silva, estudante da Universidade do Porto no Curso de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.

"É uma pergunta de difícil solução. Como resolver o nosso problema de falta de qualificação sem massificarmos administrativamente as competências e esbarrar-nos sistematicamente com indivíduos que mal sabendo ler ou escrever se outorgam a si próprios um diploma do 12º ano. Não é fácil mas tem solução.
O país deve perceber que as pessoas não se medem pelo número de anos que andam na escola nem as competências são proporcionais ao tamanho dos canudos universitários. Um terço das competências adquiridas na Universidade poderiam facilmente ser adquiridas no Ensino Profissional e outro terço não servem os interesses dos próprios estudantes, o que equivale a dizer que correspondem a cursos que só servem as Universidades e os interesses dos seus Reitores que recebem tanto mais dinheiro quanto mais alunos estiverem inscritos.
Em Portugal cometemos um erro terrível que passou por adotar um sistema educativo nórdico a uma população latina. Fiasco. Os nórdicos e anglo-saxónicos são por natureza metódicos, rigorosos e, sobretudo, competitivos. Já os latinos são naturalmente pouco rigorosos e laxistas na forma de encarar a vida e os problemas. Temos várias qualidades mas temos esses terríveis defeitos. Daí precisarmos muitas vezes de um verdadeiro estímulo e objetivo para trabalhar melhor. E quando nos dizem que estudando ou fazendo sorna o resultado passa sempre por passar de ano, então está-nos na massa do sangue fazer sorna. Os nórdicos e americanos, pelo contrário, esfolar-se-ão a trabalhar na esperança de que os outros trabalhem menos para assim serem mais ricos do que eles.
Daí a responsabilidade do Estado nesta matéria. O Estado, como garante primário da educação, deve ser rigoroso, metódico, exigente porque só dessa forma, num país latino, as pessoas também o serão. É um raciocínio linear, que pode funcionar mal na sociedade, mas a verdade é que os raciocínios simples são sempre os mais verdadeiros. Como em tudo, na vida, na educação ou na política, quando começamos a complicar, perdemo-nos.
Parta-se deste princípio e seremos todos melhores. Uns melhores agricultores e juízes, outros melhores operários fabris ou médicos. Porque cada um poderá desenvolver os seus talentos e não ser forçado a desenvolver aqueles que nunca teve ou terá.
E viveremos mais felizes, num mundo mais real e seremos, porventura, todos muito mais ricos."

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O cinema de Kôji Wakamatsu

O cinema pink, género difícil de definir (para uns, é pornográfico, para outros é a quintessência do erotismo), surgiu no Japão na década de 60 do século passado pela mão e pelo olhar de Kôji Wakamatsu, cineasta que tem sido nos últimos anos alvo de reavaliação crítica. O manifesto que introduziu aquele género cinematográfico estabelece quatro regras fundamentais: ter aproximadamente uma hora de duração, ter cenas de sexo, ser filmado em 16mm ou 35 mm no período de uma semana e estar limitado a um orçamento reduzido. 

Em cerca de 50 anos de carreira, Kôji Wakamatsu tem assinado uma série de filmes ousados, tanto na forma como no conteúdo. Chocantes, subversivas, anarquistas, ou simplesmente manifestos estéticos, cinco películas do realizador japonês foram recentemente editadas em Portugal pela Clap filmes. Com nomes estranhos, mas não tão bizarros quanto os filmes que representam, "Os Segredos Atrás das Paredes", "O Embrião Caça em Segredo", "Vai, Vai Virgem Pela Segunda Vez", "Sex Jack - Sistema Violado" e "O Êxtase dos Anjos" são obras que merecem ser vistas, ainda que, por vezes, se situem na linha ténue que separa a arte do lixo abjecto.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"Tamara Drewe" - um filme de Stephen Frears

Stephan Frears foi um dos mais aclamados cineastas surgidos na década de 80, capaz de alternar o cinema britânico independente ("A Minha Bela Lavandaria", "A Carrinha") com o cinema dos estúdios de Hollywood ("Ligações Perigosas", "O Herói Acidental") sem perder a identidade e, sobretudo, a classe com que filma e dirige os actores. Trata-se, na verdade, de um cineasta que opta sempre pela adaptação de argumentos de estrutura clássica, abordando-os com impressionante precisão e rigor. Nem todas as obras de Frears resultam em grandes filmes, mas ainda assim mantêm uma coerência que permite destacar este realizador dos demais parceiros da indústria cinematográfica. 

"Tamara Drewe" é a história de uma jovem mulher que, após a morte da mãe, recebe de herança a casa na aldeia em que cresceu, o que a obriga a regressar e a reencontrar o seu passado. Os personagens que com ela se cruzam têm todos espessura dramática e a narrativa é sempre pontuada por um humor leve mas fino, garantindo ao espectador cerca de duas horas de excelente entretenimento. A ver!

sábado, 14 de maio de 2011

Banda sonora para a Primavera (11)

A recente reedição de "Bridge Over Troubled Water", clássico maior dos Simon and Garfunkel, assinalando o 40º aniversário do álbum, é um dos acontecimentos culturais de 2011. Na verdade, o referido disco é um monumento da canção popular que só tem paralelo em clássicos de folk-rock de Bob Dylan, Neil Young ou Bruce Springsteen. É uma obra-prima incontornável para se perceber a evolução da música popular ao longo da segunda metade do século XX. O génio de Paul Simon (mais esquecido que os outros autores) carece de reavaliação e aqui está um bom pretexto para tal análise. Aliás, em simultâneo o cantautor acaba de editar o seu mais recente álbum a solo - "So Beautiful Or So What".

"Bridge Over Troubled Water" - Simon and Garfunkel

sábado, 7 de maio de 2011

GAEDE no XXXII Encontro Nacional de Teatro na Escola (ETE)

O XXXII ETE decorreu em Almada entre os dias 4 e 7 de Maio, numa organização conjunta da Escola Secundária Daniel Sampaio e do Agrupamento de Escolas Elias Garcia. Foi um belíssimo Encontro, com a participação de grupos de teatro de muitas escolas do País e onde o GAEDE esteve, pelo quinto ano consecutivo, presente, desta vez enquanto Grupo Observador. Entre workshops e espectáculos, foi mais uma festa de celebração do Teatro, da Escola, da Amizade, dos Afectos e da Vida.

Consultem o Programa do XXXII ETE em http://www.eteac.org/.

Viva o Teatro!

Vivam os ETEs!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Banda sonora para a Primavera (10)

Fabuloso vídeo de Keny Arkana! É música para os tempos difíceis que estamos a atravessar, mas sobre os quais urge reflectir.

"5eme soleil" - Keny Arkana

Breves notas sobre o cinema de Wong Kar Wai (6) - "Disponível Para Amar" (2000)

E, no ano da graça de 2000, Wong Kar Wai alcançou o zénite da sua (sétima) arte com a obra-prima Disponível Para Amar . É (mais) uma históri...