E, no ano da graça de 2000, Wong Kar Wai alcançou o zénite da sua (sétima) arte com a obra-prima Disponível Para Amar.
É (mais) uma história de amor platónico, que, neste caso, decorre na década de 60 em Hong Kong, narrando a relação de amizade e amor entre um jornalista (uma vez mais, Tony Leung, justamente premiado com a Palma de Ouro para Melhor Ator no Festival de Cannes) e uma secretária (interpretada pela lindíssima e etérea Maggie Cheung). O facto de serem casados (embora infelizes) e as amarras das convenções sociais, leva-os a nunca concretizarem o desejo que sentem e a genuína atração que os aproxima.
Trata-se de um filme belíssimo, deslumbrante de cor e planos-sequência de cortar a respiração. E aquele final, meu Deus! É a mais sublime poesia de amor transfigurada em filme e um dos melhores de sempre, o que não é pouco.
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