Stephan Frears foi um dos mais aclamados cineastas surgidos na década de 80, capaz de alternar o cinema britânico independente ("A Minha Bela Lavandaria", "A Carrinha") com o cinema dos estúdios de Hollywood ("Ligações Perigosas", "O Herói Acidental") sem perder a identidade e, sobretudo, a classe com que filma e dirige os actores. Trata-se, na verdade, de um cineasta que opta sempre pela adaptação de argumentos de estrutura clássica, abordando-os com impressionante precisão e rigor. Nem todas as obras de Frears resultam em grandes filmes, mas ainda assim mantêm uma coerência que permite destacar este realizador dos demais parceiros da indústria cinematográfica.
"Tamara Drewe" é a história de uma jovem mulher que, após a morte da mãe, recebe de herança a casa na aldeia em que cresceu, o que a obriga a regressar e a reencontrar o seu passado. Os personagens que com ela se cruzam têm todos espessura dramática e a narrativa é sempre pontuada por um humor leve mas fino, garantindo ao espectador cerca de duas horas de excelente entretenimento. A ver!
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