Na senda de inúmeros escritores norte-americanos, cujo exemplo maior talvez seja Nicholas Sparks, surgiram uma série de romancistas cá no burgo procurando, através de uma literatura light, replicar o sucesso dos primeiros. Têm sido, por isso, publicados um infindável número de obras literárias que designaria por neo-romantismo, cujo alvo (fácil) são, sobretudo, mulheres sem hábitos de leitura exigentes. Todavia, por entre essas publicações, aparecem nos escaparates, de vez em quando, uma ou outra obra digna de referência. É nesse sentido que aqui me ocupo da divulgação de "Uma Noite Em Nova Iorque", o novo romance de sucesso de Tiago Rebelo. Trata-se de um romance simples mas bem construído, cujo centro narrativo se divide por seis personagens que, de algum modo, se vão entrecruzar, precisamente na big apple.
O romance de Tiago Rebelo lê-se com agrado durante uma tarde de Verão numa esplanada à beira-mar. Trata-se de um romance cinematográfico, em que o argumento está todo lá a pedir por cineastas que queiram pegar nele. Só é pena o autor nem sempre evitar os lugares-comuns em que aprisiona os seus personagens (o cantor pop estereotipado, o primeiro encontro entre Filipe e Patrícia, a Nova Iorque saída de um bilhete-postal), não explorando o fio narrativo mais interessante (a relação de Filipe e Isabel). É importante, contudo, ressalvar que se trata de uma obra com alguma frescura e, acima de tudo, revela uma imensa vontade em contar uma boa história.
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