segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Bosquejos de ternura (4) - nova infância


O telefonema do avô a convidar filhos e netos para um almoço em família. Convite matinal. Compromisso inevitável.

13 horas. Leça da Palmeira. Porto de abrigo de afetos, sonhos, amizades, vivências, crescimento físico e interior. A mesa já posta. O reconfortante aroma da comida, quente essência odorífera que abre o apetite e faz esquecer o apressado pequeno-almoço tardio.  O cão minúsculo, mas sonoro, aos saltos, a tentar competir com os mais novos membros da família. Em vão.

Os dois sobrinhos são a nova infância da família. Irmãos. Irmã e irmão. Ela observadora, personalidade resguardada. Ele frenético, extrovertido - chegaste, se quiseres podes brincar; se não quiseres, também não importa! -, de carrinho na mão (objeto que passou de geração em geração: foi meu, do meu irmão, passou para o Tomás e agora para o Mateus), pontapé ocasional ao cachorro, logo aconchegado pela avó.

Com tardes assim, não há tristeza ou carência que não esmoreça. Só faltavas tu, amor!

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