O telefonema do avô a convidar filhos e netos para um almoço em família. Convite matinal. Compromisso inevitável.
13 horas. Leça da Palmeira. Porto de abrigo de afetos, sonhos, amizades, vivências, crescimento físico e interior. A mesa já posta. O reconfortante aroma da comida, quente essência odorífera que abre o apetite e faz esquecer o apressado pequeno-almoço tardio. O cão minúsculo, mas sonoro, aos saltos, a tentar competir com os mais novos membros da família. Em vão.
Os dois sobrinhos são a nova infância da família. Irmãos. Irmã e irmão. Ela observadora, personalidade resguardada. Ele frenético, extrovertido - chegaste, se quiseres podes brincar; se não quiseres, também não importa! -, de carrinho na mão (objeto que passou de geração em geração: foi meu, do meu irmão, passou para o Tomás e agora para o Mateus), pontapé ocasional ao cachorro, logo aconchegado pela avó.
Com tardes assim, não há tristeza ou carência que não esmoreça. Só faltavas tu, amor!
Sem comentários:
Enviar um comentário