Na altura em que se assinala os seus 70 anos, que comemorou oficialmente em 24 de outubro, a ONU lançou um roteiro para um mundo perfeito. Tem 17 objetivos, 169 metas para o desenvolvimento sustentável e é uma espécie de guia utópico para mitigar as imperfeições universais.
Um mundo sem fome, guerras, corrupção, discriminação? Tiranos, guerreiros ou corruptos votaram por ele. Desde que não os obriguem a confundir desejos e realidades. Já foi, e ainda assim é, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 1948: "Todo o ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal"; "Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado". Desejos louváveis, não realidades!
Que a ONU os aprove e deles faça guia, compreende-se e aplaude-se. Mas era preferível que os seus membros começassem a olhar seriamente para os seus atos e a corrigir o que neles torna nulo o efeito de tais palavras. Seria uma melhor celebração, com tal começo.
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