quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

2013 - o presente é o futuro

Espera-nos um ano de grave austeridade, pelo que não é fácil cumprir algumas promessas de Ano Novo (focarmo-nos no que a vida tem de positivo; darmo-nos por felizes no caso de termos trabalho e um salário, ainda que magro; termos esperança de que o mundo poderá ser melhor em 2013). Vemos nos telejornais, nas capas dos jornais, na mensagem do Presidente da República um cinzentismo que não dá margem para perspetivarmos um futuro melhor que os últimos 365 dias. No fundo, a melhor mensagem a que assistimos nos últimos dias foi a do Papa Bento XVI, quando afirmou (e cito de memória) que a comunicação social sobrevaloriza o Mal; este último faz muito mais barulho (eu diria, ruído) do que o Bem; este trabalha no silêncio, na não visibilidade, pois dispensa publicidade estridente para ser bem; no fundo, a bondade basta-se a si mesma. 

Por entre tanto ruído na comunicação social; no meio de suspeitas de fraude e corrupção; apesar das dúvidas quanto à constitucionalidade do Orçamento de Estado; embora estejamos a construir um mundo regressivo do ponto de vista de uma cultura de ética; por entre cortes na Educação, na Saúde e nos subsídios de férias; apesar da falta que fazem políticos engajados com ideias, valores e ideais; vamos acreditar que o projeto da União Europeia tem futuro, que os Estados Unidos da América continuarão a ser uma garantia de Paz para o mundo, que os países em convulsão social e política no Médio Oriente trabalharão em prol da Democracia e do respeito pelos Direitos Humanos e que os nossos políticos estão realmente comprometidos na construção de um mundo mais justo e de uma sociedade mais esclarecida.

Feliz 2013.

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