Mais grave do que a demissão de Joaquim Pais Jorge foi a sua nomeação para o Governo. Porque não pode valer tudo em política e, muito menos, na atividade política exercida em nome do Estado. Um governante não pode passar de um lado para o outro das barricadas como se tudo fosse possível e admissível. Não pode ter andado a vender swaps ao Governo anterior com o intuito de disfarçar o défice público e vigarizar as estatísticas do Eurostat para, no Governo seguinte, aparecer a renegociar os estragos causados pelos swaps. Não pode ter sido colocado na Estradas de Portugal por um famigerado vulto do socratismo, Paulo Campos, e aí se tornar responsável por alguns dos contratos ruinosos para o Estado de PPP rodoviárias para, na encarnação posterior, entrar no Governo que fez da denúncia das PPP uma das suas bandeiras distintivas.
Sem comentários:
Enviar um comentário