Baby é um hábil condutor de automóveis, apesar do seu ar imberbe, com uma dívida a um mafioso que o obriga a pagá-la mediante prestações que implicam a participação, como motorista, em assaltos. Baby marca o ritmo dos assaltos a partir de música minuciosamente selecionada no sei iPod, a qual surge como supressão de um problema auditivo que o faz sentir um zumbido constante nos ouvidos.
Eis a promissora premissa de Baby Driver: Alta Velocidade, que o realizador britânico Edgar Wright pretende que seja visto como um musical de ação. Mas a fulgurante primeira meia hora de filme é rapidamente desperdiçada em mais 90 minutos marcados pelo vazio de ideias e por personagens de plástico que, por muito que sejam (bem) defendidas por atores competentes, nunca perdem o tom cartoonesco nem adquirem um leve rasgo de humanidade. No fundo, Baby Driver surge na linha do mais vulgar filme da Marvel.
Curiosamente, Wright não soube como aproveitar a inspiração do saudoso The Driver, filme que Walter Hill (que tem um breve cameo em Baby Driver) realizou magistralmente em 1978. 40 anos depois, ainda não há cineasta à altura de Hill.
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