
Steve Rothery é um dos maiores guitarristas de sempre. Se quiser emitir uma opinião assumidamente subjectiva (ou não fosse este blog declaradamente O Subjectivo Objectivo!), diria que Rothery é o maior guitarrista rock no activo. Basta ouvir a discografia dos Marillion para comprovar a máxima anterior.
De facto, discos como "Misplaced Childhood", "Clutching at Straws", "Anoraknophobia", "Somewhere Else", "Happiness is the Road" (os marillionados vão-me cair em cima por não colocar aqui outros álbuns essenciais dos Marillion)ou, o mais recente, "Less is More" (que já aqui teve direito a um post, precisamente nesta etiqueta - "Banda sonora para o Outono"), afirmam a importância da guitarra de Rothery na construção das harmonias metafísicas criadas pela banda liderada por Steve Hogarth. Repare-se: trata-se da subtileza daquele músico e da sua singular performance, e não apenas da presença da guitarra. Sei, de resto, que há algumas bandas que prestam tributo aos Marillion (por sinal, muito boas) mas imagino quão difícil deve ser replicar os dedos mágicos de Rothery.
Com Hannah Stobart, Steve Rothery é responsável pelo projecto The Wishing Tree, cujo recém-editado disco "Ostara" é pleno de ambiências, tons, cores e harmonias outonais. Com óbvias influências folk, "Ostara" é um belo conjunto de canções etéreas, que encontram a sua essência num universo imagético capaz de nos fazer sonhar e levitar. De resto, os dois temas que mais gosto - "Falling" e "Fly" - ilustram bem essa dimensão onírica.
Não façam o download deste disco, comprem antes o CD original. Vem com um lindíssimo livreto, cujo trabalho de artwork (da responsabilidade de Antonio Seijas) contribui para apreciarmos o sentido das canções.
"Fly" - The Wishing Tree
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