
O argumento de "Circo de Horrores: O Assistente do Vampiro" baseia-se numa bem-sucedida saga juvenil - "Cirque du Freak" - do escritor britânico Darren Shan (no nosso país, a trilogia está publicada pela Casa das Letras). A ideia não é inédita: apresentar uma versão ligeira e actualizada do género filme de vampiros, cruzando-o com o teen movie.
Após um genérico animado que promete (passam por aqui fragmentos do universo de Tim Burton), conhecemos o protagonista, Darren Shan (precisamente o nome do autor da série de livros que o filme adapta). Ele é um jovem de 16 anos que, com o amigo Steve, decide assistir ao espectáculo de um circo de horrores ambulante, que está de passagem pela cidade. O espectáculo junta em palco uma mulher barbuda, um lobisomem, um apresentador gigante, um gato-serpente e o estranho Larten Crepsley com a sua aranha gigante que come cabras. Fascinado pelo animal, Darren decide roubá-lo, mas o bicho ataca Steve. Na busca do antídoto para o amigo, Darren vê-se obrigado a negociar com uma estranha criatura que se alimenta de sangue e tomar decisões que mudarão irremediavelmente a sua vida.
"Circo dos Horrores: O Assistente do Vampiro" é um filme com vampiros simpáticos, personagens esquemáticos e sem grande espessura, em que apenas alguns momentos oníricos (pontuados por uma excelente banda sonora) e a interpretação de John C. Reilly (no papel do vampiro Larten Crepsley) o salvam da mediocridade. Paul Weitz, o realizador, opta por um tom ligeiro e descomprometido, por vezes marcado por uma estética televisiva que impede a película de ir mais longe, ficando-se pela tentativa de conquistar o público juvenil.
Trailer de "Circo dos Horrores: O Assistente do Vampiro", de Paul Weitz
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