E aí está o melhor filme deste outono, verdadeira inauguração da rentrée cinematográfica. Se este filme não for nomeado para os Óscares nem tiver o sucesso de bilheteira que bem merece, então, nestes tempos de crise e cinzentismo ideológico perdemos definitivamente a capacidade de sonhar.
Tintin não tem super-poderes, é um repórter intrépido, inteligente, sensível e curioso, que se faz sempre acompanhar por Milu, o seu fiel cão, e por amigos hilariantes, sobretudo o Capitão Haddock e os desastrados investigadores da polícia, Dupond e Dupont. Aqueles que na infância devoraram os livros das aventuras de Tintin tiveram a oportunidade de viajar e conhecer o mundo, num apelo constante à imaginação, à inteligência e ao bom gosto.
Steven Spielberg conseguiu a proeza de adaptar o universo de Tintin ao cinema, fazendo jus ao espírito da BD criada pelo génio de Hergé. Dos livros originais (nomeadamente, "O Segredo do Licorne") nada se perdeu no novo filme do maior génio do cinema contemporâneo, que acrescenta assim mais uma obra-prima ao seu percurso brilhante, inovador, iconográfico e, acima de tudo, incontornável.

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