A ideia de humanidade, no sentido filosófico do termo, tem sido o tema central dos argumentos de Rodrigo García nas películas que celebrizaram Alejandro González Iñárritu ("Amor Cão", "21 Gramas" e "Babel"). Aquele argumentista estreou-se na realização com o filme "Mother and Child" (que em Portugal, recebeu o título, francamente mais pobre, "Mães e Filhas"). No centro deste comovente drama está a quebra forçada dos laços maternais na relação distante entre uma mãe e uma filha que se vêem para sempre separadas, vivendo revoltadas com o mundo que não lhes proporcionou o direito ao afeto maternal. A par desta história, um jovem casal decide adotar uma criança. Estas relações de amor quebrado têm um sinónimo muito próprio em vidas que estão unidas pela procura do amor ausente e do significado de ser mãe.
As interpretações são fortíssimas (sobretudo, a sempre subtil Annette Bening) e, apesar das histórias se entrecruzarem, cada fio narrativo distinto é uma identidade forte que poderia existir por si mesma. "Mother and Child" é um drama de sentimentos sublinhados; uma obra-prima que celebra a vinculação mãe-bebé.
Trailer de "Mother and Child", de Rodrigo García
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