terça-feira, 6 de outubro de 2009

"Exterminador Implacável: A Salvação" - Fusão homem-máquina


Foi já há 25 anos que James Cameron inaugurou a saga "Terminator", lançando Arnold Shwarzenegger para o pódium das estrelas mais populares de Hollywood, tornando-se um ícone da cultura pop. Cameron assinaria ainda mais um capítulo ("Exterminador Implacável 2: O Dia do Julgamento"), passando o testemunho a Jonathan Mostow ("Exterminador Implacável 3: A Ascensão das Máquinas") que, ao contrário do seu antecessor, não repetiu a empresa.

O quarto opus da saga traz agora a assinatura de McG, que, com certeza, foi beber influências à série "Mad Max", de George Miller, ao combinar habilmente uma visão futurista desencantada de um mundo apocalíptico com toda a tecnologia que lhe permite construir esses espaços e brincar com a fragilidade e a transmutação dos corpos humanos e artificiais. Agora, no campo de batalha, a luta contra as máquinas tornou-se realidade (lembremos que nos três capítulos anteriores, esse confronto surgia apenas em breves flashforwards) e John Connor (Christian Bale a fazer lembrar os heróis clássicos do cinema), o líder da resistência humana, enfrenta a maquinaria assassina que quer dominar o planeta. No entanto, com a ajuda de Marcus Wright (Sam Worthington a fazer lembrar Shwarzenegger), meio homem meio máquina, Connor vai tentar garantir o futuro da humanidade e salvar o seu pai.

"Exterminador Implacável: A Salvação" é um bom filme de acção, com um ritmo feérico, mas está alguns furos abaixo dos capítulos anteriores, que são incontornáveis fitas de culto. A fragilidade maior do filme prende-se com a excessiva esquematização dos personagens, não dando aos actores a oportunidade de lhes dar maior espessura.

Trailer de "Exterminador Implacável: A Salvação", de McG

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