A segunda vida dos James (após o interregno entre 2002 e 2007) consegue ser ainda mais interessante que a encarnação anterior. De 2008 até 2014 a banda de Manchester gravou três LPs que, mantendo a linha melódica que constitui a imagem de marca de Tim Booth e companhia, são de um vigor descaradamente pop. É verdade que La Petite Mort está uns furos abaixo de The Morning After, álbum de 2010, pois naquilo que este tinha de ousadia formal e profundidade poética aquele oscila entre canções assumidamente despretensiosas ("Curse Curse" e "Frozen Britain", por exemplo) e o statement filosófico (a belíssima "Walk Like You" e a amarga "Quicken The Dead"). La Petite Mort, todavia, é um disco capaz de fazer corar de vergonha a maior parte das bandas jovens, tal é a força, a garra e a convicção com que os James defendem as suas canções.
Talvez o melhor disco pop deste verão.
Sem comentários:
Enviar um comentário