Belém é uma tragédia israelo-palestiniana filmada de forma discreta por Yval Adler, que investe, sobretudo, nas personagens, nos seus motivos e nos seus dramas pessoais. Não sendo um filme brilhante é, essencialmente, um objeto didático que explica de forma simples a complexidade de um conflito com raízes étnicas e religiosas, mas com razões de carácter fundamentalmente político. Nele assistimos ao confronto da polícia e do exército israelitas com as brigadas Al-Aqsa da palestina e o Hamas, e as consequências desta guerra perpétua nos mais frágeis - as populações civis, verdadeiras vítimas desta tragédia.
Belém é uma daquelas películas que parece ter sido realizada para esclarecer o público mais jovem acerca dos absurdos fundamentos de um conflito que urge cessar definitivamente, pelo que o seu lugar futuro deverá ser nas escolas, em salas de aula. Esperemos que assim seja. O mundo precisa de mais filmes assim, engajados na luta por um mundo melhor. Porque Belém também somos nós.
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