sábado, 14 de agosto de 2021

"10.000 a.C." (2008) - Um entretenimento preciso

No subtítulo deste post, entenda-se o uso da palavra "preciso" no sentido de precisão. Refiro-me à gestão do tempo ou ao sentido de timing, poupando tempo desnecessário ao espectador com floreados narrativos acessórios.

Em boa verdade, Roland Emmerich, que em 2008 era já um cineasta experiente, proporciona ao público generalista pouco mais de 90 minutos de diversão garantida e aos mais exigentes fornece uma pequena lição de narrativa cinematográfica despretensiosa.

É certo que 10.000 a.C. está repleto de ingenuidade e boas intenções, mas não nos esqueçamos que essa é a essência do cinema clássico de aventuras. Além de que é uma película com a intensão clara de entreter, como anteriores registos do cineasta alemão (O Dia da Independência ou O Dia Depois de Amanhã, por exemplo).

Fica-nos uma viagem no tempo com o espírito dos melhores filmes série B de aventuras. Só não é um autêntico série B dada a dimensão da produção, mas é-o na estrutura e no ritmo narrativo, na caracterização das personagens e (sim) até na mensagem que apela ao entendimento fraterno, à união entre os povos e ao melhor do multiculturalismo.

10.000 a.C. é um filme rápido, eficaz, sem vedetas, dirigido por um realizador de presença discreta e ao serviço do objeto final.



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