Em boa verdade, Roland Emmerich, que em 2008 era já um cineasta experiente, proporciona ao público generalista pouco mais de 90 minutos de diversão garantida e aos mais exigentes fornece uma pequena lição de narrativa cinematográfica despretensiosa.
É certo que 10.000 a.C. está repleto de ingenuidade e boas intenções, mas não nos esqueçamos que essa é a essência do cinema clássico de aventuras. Além de que é uma película com a intensão clara de entreter, como anteriores registos do cineasta alemão (O Dia da Independência ou O Dia Depois de Amanhã, por exemplo).
Fica-nos uma viagem no tempo com o espírito dos melhores filmes série B de aventuras. Só não é um autêntico série B dada a dimensão da produção, mas é-o na estrutura e no ritmo narrativo, na caracterização das personagens e (sim) até na mensagem que apela ao entendimento fraterno, à união entre os povos e ao melhor do multiculturalismo.
10.000 a.C. é um filme rápido, eficaz, sem vedetas, dirigido por um realizador de presença discreta e ao serviço do objeto final.

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